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CBF: reportagem revela as falcatruas da gestão de Ednaldo Rodrigues

A recente reportagem publicada pela revista Piauí, intitulada "As extravagâncias sem fim da CBF", traz revelações impactantes sobre a gestão de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O artigo detalha uma série de gastos exorbitantes e práticas controversas que envolvem desde viagens luxuosas até reajustes salariais generosos para presidentes de federações estaduais, levantando questões sobre a transparência e ética na administração da entidade.

Mordomias durante a Copa do Mundo do Catar

Entre os pontos mais polêmicos, a reportagem destaca que, durante a Copa do Mundo de 2022 no Catar, a CBF custeou viagens e hospedagens luxuosas para um grupo de 49 pessoas, incluindo familiares do presidente, políticos, artistas e jornalistas. Esses convidados desfrutaram de voos em primeira classe, estadias em hotéis cinco estrelas e até cartões corporativos com limite diário de 500 dólares (aproximadamente R$ 2.500), tudo pago pela entidade. Estima-se que essas despesas tenham ultrapassado R$ 3 milhões14.

Contradições na gestão de Ednaldo Rodrigues

Ednaldo Rodrigues assumiu a presidência da CBF prometendo "expurgar toda e qualquer imoralidade" da entidade. No entanto, a reportagem aponta que sua gestão tem sido marcada por práticas que contradizem esse discurso. Além das mordomias durante a Copa, o presidente teria utilizado recursos da CBF para despesas pessoais, como estadias prolongadas em hotéis de luxo e viagens com familiares15.

Outro aspecto preocupante é o aumento significativo nos salários dos presidentes das federações estaduais, que passaram de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais, incluindo benefícios como um 16º salário. Essa generosidade financeira parece ter garantido apoio unânime à sua reeleição em março de 202535.

Impactos no futebol brasileiro

Enquanto os gastos com benefícios pessoais e políticos aumentam, áreas essenciais para o desenvolvimento do futebol brasileiro têm sofrido cortes. A reportagem revela que o treinamento dos árbitros foi reduzido ao formato de videoconferências, comprometendo a qualidade técnica das competições nacionais. Em 2024, cerca de 110 árbitros foram afastados por erros técnicos, evidenciando os efeitos negativos dessa decisão13.

Parcerias controversas e questões judiciais

Outro ponto levantado pela Piauí envolve a relação entre a CBF e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), dirigido pelo filho do ministro do STF Gilmar Mendes. A parceria tem gerado questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse, especialmente após a atuação jurídica que garantiu o retorno de Rodrigues ao cargo após sua destituição pelo Tribunal de Justiça do Rio12.

Leitura completa para assinantes

A reportagem completa está disponível para assinantes da revista Piauí. Para quem deseja entender em profundidade os bastidores dessa gestão polêmica e seus impactos no futebol brasileiro, vale conferir o artigo na íntegra diretamente na plataforma da revista1.

Este conteúdo reforça a importância de uma fiscalização mais rigorosa sobre entidades esportivas no Brasil, especialmente aquelas que administram recursos bilionários e desempenham papel central no cenário nacional.